01 dezembro 2009

Noutro tempo...noutro lugar


Para ti.

Mais do que para ti escrevo para mim.
Quero ter a certeza de que escolho as palavras certas, de que não me entrego a devaneios, de que nada fica por dizer.
Não sei se foste fado ou mero acaso. Isolado capítulo na minha vida, embora no mais íntimo de mim desejasse que tivesses sido todo um livro.
Vagas as memórias que o tempo vai esbatendo: o calor do teu toque, a força do teu abraço, o aconchego dos teus beijos. Irónica a sabedoria que o tempo desvenda. Reconheço agora que muitas vezes temos que aprender a renunciar – instantes que não chegam, quimeras que tardam a aparecer.
É verdade, admito que ás vezes ainda espero - não o devia, eu sei – que mostres que te importas, que não fui apenas um imprevisto, que não lutei em vão. Admito que ás vezes ainda espero reencontrar esse amigo que conheci uma vez num outro tempo, num outro lugar (tão distantes me parecem agora…) e não o estranho com que me deparei no final. Triste admitir que por entre receios, sonhos, lutas e desilusões perdi um amigo. Não estou zangada, é certo, apenas não escondo a tristeza de quem se enganou.

De,

Mim.

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